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18.8.10

Sobre a atividade de escrever.

Postei esse texto na comunidade EAE – Escritores, Autores & Editores, no LinkedIn.

Por achar um tema importante e porque muitos que recebem o aviso pelo Twitter atuam como escritores, resolvi postar o texto por aqui.

Quem quiser acessar a comunidade, clique aqui.

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Postei a matéria do Digestivo Cultural com a entrevista com o autor Ryoki Inoue, sem antes ler a matéria. O periódico Digestivo Cultural é confiável.

Fui ler antes de deitar. Pra que?!! Quase não dormi à noite, pensando no que havia lido.

Pra quem pretende ser escritor e quer, tentar, viver disso, é uma bela pancada na moleira.

E o "pior" é que não há como discordar do que diz o Ryoke. Depois que decidir tentar ser um autor bem sucedido, você escreve ou escreve. Não existe outra saída.

Eu, particularmente, tenho a visão desse autor quanto a literatura de entretenimento. Já cheguei a comentar aqui, no "Escritores, Autores e Editores", que literatura boa, para mim, é aquela que traz prazer ao leitor.

Eu não sei em relação aos demais escritores (publicados ou não) mas eu, Silvio Corrêa, preciso encontrar uma forma de produzir e publicar os livros que escrevo. Claro que com essa visão, eu acabei fazendo um retrospecto da minha vida como escritor e quero compartilhar com vocês, esperando que vocês também compartilhem a própria experiência. Talvez possamos, assim, gerar um material que auxilie aos que agora iniciam.

Quando comecei a escrever e publicar em jornal, não pensava em ser um autor (escritor com livro publicado). Queria escrever apenas artigos e crônicas, que na época falavam sobre Qualidade Total e alguma coisa de relacionamento.

Durante muitos anos fiquei nas crônicas, artigos e contos, disponibilizando-os em jornais e, posteriormente, em sites da internet.

Minha formação, como engenheiro e analista de sistemas, me permitiu atuar como engenheiro, analista, consultor, facilitador de treinamento e professor universitário, também nas áreas de Qualidade Total e Gestão de Pessoas. Essas atividades sempre me permitiram uma boa vida. Sem luxos, mas uma boa vida. Em 2003/2004, com 48 anos, resolvi assumir a carreira de escritor.

Sabia que iria depender do apoio financeiro da Walkíria, minha esposa, para sustentar a casa. Minha reserva não era grande.

Acho que meu primeiro erro foi não alugar -- nem que fosse um quartinho -- um local para desenvolver minha nova carreira. Talvez, por não contribuir com os proventos da família, não quis contribuir com os gastos. Ainda assim, consegui escrever o "Quem Comeu minha Goiabada?".

Quem trabalha ou trabalhou em regime de home-office, tem uma família e não tem uma "secretária do lar" para limpar, passar e cozinhar, sabe que essas preocupações acabam tomando conta. Ou você deixa tudo de lado, a casa fica bagunçada, não há comida pronta e as roupas estão sempre amarrotadas, ou o senso de responsabilidade (ou "dor de corno" por estar sendo um peso "morto", já que são raros os apoios e muitas censuras ) faz com que você tome a frente e, pelo menos, arrume e cozinhe. Foi o que ocorreu comigo e ainda ocorre -- hoje menos, pois os filhos cresceram, mas ainda estão em casa.

Publicar -- papel e cola; e-book; POD ; e-readers -- é um debate muito importante, mas não posso publicar se não tiver "o que" publicar. Preciso escrever.

Eu não tenho preconceito contra nenhuma vertente literária. Seja auto-ajuda, terror, fantástica, "água com açúcar", suspense ou outro. Eu acho que é preciso produzir.

Hoje, acho que não colocaria o "Quem comeu minha goiabada?" como um e-book copyleft. Cobraria, nem que fosse R$1,00 ou R$2,00, mas faria o leitor pagar alguma coisa pelo meu trabalho.

Brasileiro -- não sei se apenas nós -- tem a mania de: "de graça, até injeção na testa". Então, baixar um e-book gratuito, mesmo que não se pretenda lê-lo, é tranquilo e acontece sempre. Por isso a discrepância tão grande entre o que meu livro baixou como e-book e quanto ele vendeu como "papel e cola".

Então, fica difícil para eu colocar o "derrière" na cadeira e pesquisar, escrever, pesquisar, escrever... No último conto -- 7 páginas no A5 -- que escrevi do livro atual, foram gastos 14 dias. É muito tempo!

Não quero debater soluções mágicas e/ou mirabolantes. Gostaria de "ver" experiências com as quais pudéssemos aprender.

Grandes abraços,

Silvio T Corrêa

diHITT - Notícias